Actores: Jean-Louis Trintignant, Emmanuelle Riva, Isabelle Huppert
Um filme Soberbo. A cinematografia francesa tem me trazido grandes surpresas e filmes marcantes. Este é mais um deles.
Um filme que é uma história de amor ao mesmo tempo que nos deixa em aberto, no final, varias interpretações sobre o que terá acontecido e o porque. Qual a motivação. Trata-se ainda de uma visão sobre a velhice e a sua falta de dignidade.
Georges e Anne um casal de idosos com uma relação longa de companheirismo e amor. Ambos antigos professores de música, sendo esta mais um dos vastíssimos laços que os une. Alias a banda sonora é uma pérola sendo a escolha musical neste filme de muita importância e não terá sido feita casualmente, já que estabelece o ambiente. Anne acaba por ser vitima de um avc, o que a deixa com dificuldades de locomoção, que a transtornam, apesar de não o querer demonstra a George. A partir daí começa o definhar daquela mulher, antes intelectualmente activa, desperta, até ao ponto da falta de dignidade humana.
George, num acto de amor pela esposa, toma a seu cargo o tratamento e cuidados que ela necessita. O que o coloca numa situação de força inicial, mas que aos poucos o vai consumindo, levantando-lhe muitas dúvidas. Não se passa por um processo destes, em que se vê o seu amor a definhar e aos poucos ir desaparecendo, naquele corpo que se tem ali todos os dias.
Com actuações brilhantes, destes dois gigantes do cinema francês.
Um filme duro de se ver, que levanta muitas questões, morais e sentimentais, mas que são pontos importantes de discussão da sociedade actual. Uma história de amor que para muitos pode ter um final trágico, mas para outros pode ser, uma libertação, o renascer de novo daquele amor.
Vencedor da Palma de Ouro de Cannes de 2012 e candidato ao Oscar 2013 de melhor filme estrangeiro, melhor filme e melhor actriz.
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