quarta-feira, 28 de março de 2012

The mozart sister

Realizador: René Féret


A família Mozart visita as cortes reais da Europa a apresentar o pequeno Wolfgang. Junto com Wolfgang, toca a sua irmã Nannerl. Ao que parece esta irmã de Mozart era tão talentosa como ele, mas para o pai ela era a acompanhante do irmão.No entanto, e devido às limitações sociais da época o pai começa a impedir as actuações de Nannerl, que se rebela muito pouco contra esta situação continuando no seu papel de filha resignada e obediente.

Esta família no início surge-nos ligada pelo amor e génio, mas vai-se sentindo o seu desmembramento, sobre estes mesmos factores.

Afinal de contas qual foi o papel de Nannerl na vida de Mozart?
Uma figura de proa?
Uma simples acompanhante?
Um génio musical ou um sacrifício da família em prol do irmão?

Durante todo o filme tive a sensação de estar naquela corte opulenta e fervilhante. Não se sente no entanto a opulência de uma forma gritante, mas sim está lá de uma forma mais subtil. Os cenários são discretos e não carregados. O tom de todo o filme é carinhoso e suave.



Des hommes et des dieux

Realizador: Xavier Beauvois


Relata a história de um grupo de monges que numa localidade pobre da Argélia, tem que tomar a resolução de aí permanecer, ou  sair, devido à pressão de grupos fundamentalistas.

Acabam por não optar ser alvos desta pressão.  Como resultado, numa noite são levados pelos terroristas e acabam por desaparecer.

A opção e a questão da fé, contra tudo e todos. A batalha da humanidade.Os laços que estes monges estabelecem entre eles e a comunidade em que estão inseridos e o peso na opção final.Como se de leves pinceladas se trata-se assim se vai desenrolando o contar da história frente aos nossos olhos.

Muito bom.


Cavalo de guerra

Realizador: Steven Spielberg
Actores:


Um filme que relata a ligação, amizade entre um rapaz e um cavalo. Essa ligação, faz o rapaz se alistar na guerra com o único intuito de procurar o seu cavalo, que tinha sido vendido pelo pai como cavalo de guerra.

Uma história terna e ao mesmo tempo dura no que toca à guerra. Há medida que as imagens iam passando, cada vez mais me lembrava os antigos westerns de Hollywood. Com aquelas cores, aqueles grandes planos de paisagens. Nada parecido com o estilo de SS.

Nesta altura de crise, de cinismo mundial, um odor de antiguidade a relembrar os grandes clássicos do cinema americano. Não é o meu filme favorito de SS.

Carnage

Realizador: Roman Polanski
Actores: Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz, John Reilly


A história conta-nos o encontro de dois casais de pais, que se resolvem reunir para de uma forma dita civilizada conseguirem resolver a agressão de um dos filhos ao outro.

Um filme simples, com um cenário quase exclusivo, a sala de um dos pais. No entanto, forte. Só quatro personagens, mas com uma densidade e bagagem psicológica incrivel. Acabam no decorrer do filme de evoluir e mostrar os seus dramas diários.  Serão os pais piores que os filhos?

Não há grande moral  a retirar, a não ser o peso das nossas vidas diárias, que nos marcam.

Um filme sem grandes subterfujios, que fala pela sua simplicidade.

sábado, 24 de março de 2012

Five days of August

Realizador: Renny Harlin
Actores: Rupert Friend, Emmanuelle Chriqui, Richard Coyle

Tomando por base a guerra da Georgia, surge aqui relatado o dia a dia dos jornalistas de guerra, assim como o intrincado meio político.

Com a sua clara conotação, perde a atenção ao longo do desenvolvimento da história, em que todos nós já bem conhecemos o desenvolvimento. Sem nenhuma actuação de relance, e com alguns lugares comuns ao longo da história. Para mim, o cumulo é a sequência final do filme, sendo o jornalista salvo pelo militar jovem. Um fecho muito forçado e pouco realista.

Para o tema em si, a história poderia ser ainda mais dura, mais seca, já que na guerra nada é luminoso. Ainda aflora de uma forma muito ligeira as rivalidades regionalistas desta região, mas mesmo assim o potencial era maior, para uma realidade actual.

É neste cenário de horror, que muitas das vezes surgem fotos lindas, carregadas de emoção, em que a imagem grita, quer saltar daquele plano.

Pandorum

Realizador: Christian Alvart
Actores: Dennis Quaid, Ben Foster, Cam Gigandet

Duas equipas acordam após um sono profundo numa nave, que foi lançada levando colonos para um novo planeta idêntico à Terra. Nada de novo, então quando surgem zombies no meio do espaço, recordo-me logo dos filmes "Resident Evil". Como não sou fã de nenhum deles, este file para mim acabou também por ser um fiasco.

Quanto a novos efeitos especiais não vi nada de novo, no entanto não posso ser lírica e pretender que todo o filme de ficção traga novidades.

Como adepta de filmes de ficção, este com toda a certeza será rapidamente esquecido.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Howl

Realizador: Rob Epstein e Jeffrey Friedman
Actores: James Franco, Todd Rotondi, Jon Prescott



Pega num poema de um poeta americano - Allen Ginsberg - "Howl", um poema quase danado. Receio utilizar o termo renegado, mas sim antes o seu autor, um renegado para a altura. Da mesma geração do grande Kerouac.

Todo o filme surge com uma vasta análise literária a uma obra, uma poesia. Algo mais difícil que análise de poesia? Poesia não é prosa, como uma das personagens o refere. Aponta de uma forma clara e sem julgamentos a mentalidade americana da altura em comparação à intitulada geração beat. Quem nunca leu uma obra de William S. Burroughs?

Ao mesmo tempo que nos relata pelas palavras do próprio o que ele sentiu durante o seu processo de criação. E como esse processo é distinto de pessoa para pessoa, mas em todas as fases intenso ou mesmo devastador do teu interior. Como uma catarse......uma desejosa catarse.

A animação que acompanha toda a leitura do poema, tenta de alguma forma "relatar" a análise de alguém.

Gostei da actuação do James Franco, que se mistura, se dilui na própria personagem.

De tantas frases, tantas palavras aqui ditas as do início:

"As vezes sinto-me em controlo quando escrevo. Quando me sinto à beira de lágrimas genuínas, sim... Limito-me a rabiscar, como que a esculpir, em busca de uma forma bonita"

No geral gostei muito do filme.

domingo, 18 de março de 2012

Flushed Away


Da Dreamworks já gostei mais de outros filmes. repleto de detalhes britânicos, numa correria louca, com uma Lara Croft nos esgotos de Londres. 

Um filme de animação para mim sem alma, que não vibra, nem canta. A única parte relevante é o coro de lesmas a cantarem o clássico "Dont worry, be happy". 

sábado, 17 de março de 2012

Contagion

Realizador: Steven Soderbergh
Actores: Gwyneth Platrow, Matt Damon, Jude Law, Jonh Hawkes
















Um filme recheado de actores conhecidos com uma história que nada trás de novo. Não me emocionou nem um pouco. Questiouno-me como é que continuam a gastar dinheiro em histórias repetitivas sem inovação nenhuma.

50/50

Realizador: Jonathan Levine
Actores: Joseph Gordon-Levitt, Seth Rogen, Anna Kendrick


Uma ideia lamechas de um jovem que descobre estar com cancro. É com base nesta notícia que se desenrola toda a história do filme. Tudo o que acontece a seguir são grandes clichés: a namorada do jovem que o trai e abandona, o grande amigo com a testerona aos saltos rentabiliza a história para os seus engates falhados, os pais, últimos conhecedores da notícia, a psicóloga com as suas teorias de cartilha e por último, o jovem nas suas questões internas.

Tendo por base esta ideia de filme, já vi histórias melhores. Este é, com toda a certeza, um pacote light. Uma maçada de filme.

Os Marretas

Realizador: James Bobin

 

Tinha alguma curiosidade por este filme, quanto mais não seja pelos próprios bonecos.  Os Marretas são clássicos de quase toda a nossa geração. Quem não se lembra dos velhotes do camarote, do sapo, do Animal, enfim.

No entanto, o filme foi uma decepção. Até para filme infantil o considero mau. Tendo por base os Marretas, tinham uma fonte interessante para a concepção e realização de um bom filme com o humor característico, que nós os antigos expectadorees dos Marretas bem nos recordamos. Não o vou voltar a ver