domingo, 22 de abril de 2012

Incendies


Um filme canadiano que gostei imenso, com uma trama densa.

Com a morte de Nawal e a leitura do seu testamento aos seus filhos gémeos, são feitas veladamente revelações e atribuída uma missão a cada um deles. Neste início, deparamos-nos com uma relação conturbada com esta mãe,principalmente pelo seu filho que rejeita por completo o pedido por esta, assumindo o seu sentimento de liberdade com a sua morte.

Neste começo somos obrigados a reflectir sobre a nossa primeira relação, com os nossos pais, que nos pode marcar profundamente. Cabe a cada um de nós processar este sentimento, da melhor forma que nos for possível e não o utilizar como desculpa para todo o nosso comportamento futuro. Para a nossa atitude perante a vida, perante os outros. Não é desculpa para a nossa violência, para a nossa dureza, para a nossa não entrega. Antes sim, um sinal de fraqueza, de escolha do caminho mais fácil de se percorrer.

Neste filme a base são as relações familiares fortes, aproveitando-se o conflito palestiniano. As grandes divergências que as religiões trazem consigo e o assumir de actos em seu nome, que de nada estão na base da sua mensagem.

É neste cenário, que nos é apresentada a história de Nawal e a sua promessa de reencontrar o seu filho primogénito, que se acaba por perder pelos meandros deste conflito. O reencontro dá-se anos mais tarde, através da figura tortuosa de alguém.

Por mais destrutiva que seja uma verdade, até que ponto pode ser libertadora?

Neste caso, esta liberdade veio com um travo agri-doce, que acaba por desvendar uma pessoa e o seu percurso.

Um filme que recomendo, com uma narrativa crua, sem cair no piegas e sem idealizar nenhuma das facções.

Um filme marcadamente humano.

Alvin e os esquilos 2


Reconheço que não é um grande filme de animação, posso referir imensos outros, muito melhores que estes, no entanto adoro estes esquilos.

Não, nunca quis ter esquilos em criança, mas gostava muitos de ter umas criaturinha assim. É delicioso vê-los a dançar Enfim, eterna alma de criança.


O coleccionador de ossos


Um filme já com alguns anos e com um dos meus actores favoritos - Denzel Washington.

Uma história linear com nada de novo no filme, mas mesmo assim que nos prende a atenção, como é pretendido neste género de filmes. O relato do que o ser humano pode fazer a outro ser idêntico, o que cada um homem tem dentro de si.

Dentro do género, não o meu favorito, mas em que aprecio a actuação do DW.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

The book of Eli


Desconhecia por completo este filme, sendo que o factor que me chamou de imediato à atenção foi ter o Denzel Washington como actor. Adoro as suas actuações, sendo um dos meus actores favoritos.

Logo na primeira sequência de imagens o meu lado estético gostou, a cor, a textura, o jogo de sombras. A  forma como o Eli acaba por caçar o gato e a forma como é filmado e montado é muito boa. Chamou logo toda a minha atenção. 

Com o desenrolar da história, das imagens e fabulosa banda sonora, cada vez ia gostando mais. Lembro-me de imediato o universo do livro "A Estrada" do Cormac McCarthy, um livro que me prendeu a cada palavra e que consumi em golfadas sem conseguir parar e tendo que o ler logo de seguida após o ter terminado. Um universo pós-apocalíptico em que cada frame tem que ser pensado e cuidadosamente apresentado de forma a conseguir passar todo aquele ambiente sufocante.

Adorei o filme e a actuação fabulosa do DW, tendo ainda como surpresa adicional o papel do Tom Waits.  Aquela voz dele é inconfundível e está ali colocado de uma forma soberba, num papel de pouco relevo mas que lhe encaixa na perfeição.

Pronto, só suspeita mas ADOREI o filme e a sua banda sonora.





In the land of blood and honey


Finalmente o filme realizado pela Angelina Jolie. Tinha curiosidade em o ver e gostei.

Um filme em que são as mulheres que surgem como o principal interveniente na guerra e o que sofrem durante a mesma. Uma visão muito particular, crua e de um dos lados da Guerra, sendo que acaba por ter que aflorar o lado inimigo. 

Mas quem é realmente o inimigo?

Logo nesta guerra, em que o inimigo era literalmente o vizinho do lado. Um conflito que ainda hoje está muito vincado naquela região e tenho as minhas dúvidas se alguma vez será esquecido. Está sempre latente. Exemplo disso o pai da principal personagem masculina, que nunca conseguiu esquecer o que fizeram selvaticamente à sua mãe e irmãos.

Podem dizer que é uma visão de um único lado do conflito, mas discordo, na medida em que mostra a realidade em ambos os lados e a regra, do tudo vale. Já estava na altura de surgir cinematografia referente a este conflito.

A versão que vi foi a bósnia e não a americana, o que a meu ver faz mais sentido. Recomendo vivamente.

Salt


Mais um filme feito por medida para a AJ, continuamente me lembrei da Lara Croft.

Mais um filme sobre a eterna ferida EUA e Rússia, acabando sempre por bater na mesma tecla, o patriotismo. Todo feito em prol da Nação. Uma agente fria, calculista, que consegue controlar por completo as suas emoções, uma máquina perfeita de vingança. 

Vi os dois finais para este filme, sendo que um permite uma sequela, o final comercial e o outro na versão mais extensa do filme, apresenta um final completamente fechado, mas muito à pressão.

Um bom papel para AJ, que se encaixa na perfeição neste perfil, com o seu ar duro e provocador, mas ao mesmo tempo independente. Mas de resto um filme que posso dizer que está visto.