Realizador: Rob Epstein e Jeffrey Friedman
Actores: James Franco, Todd Rotondi, Jon Prescott
Pega num poema de um poeta americano - Allen Ginsberg - "Howl", um poema quase danado. Receio utilizar o termo renegado, mas sim antes o seu autor, um renegado para a altura. Da mesma geração do grande Kerouac.
Todo o filme surge com uma vasta análise literária a uma obra, uma poesia. Algo mais difícil que análise de poesia? Poesia não é prosa, como uma das personagens o refere. Aponta de uma forma clara e sem julgamentos a mentalidade americana da altura em comparação à intitulada geração beat. Quem nunca leu uma obra de William S. Burroughs?
Ao mesmo tempo que nos relata pelas palavras do próprio o que ele sentiu durante o seu processo de criação. E como esse processo é distinto de pessoa para pessoa, mas em todas as fases intenso ou mesmo devastador do teu interior. Como uma catarse......uma desejosa catarse.
A animação que acompanha toda a leitura do poema, tenta de alguma forma "relatar" a análise de alguém.
Gostei da actuação do James Franco, que se mistura, se dilui na própria personagem.
De tantas frases, tantas palavras aqui ditas as do início:
"As vezes sinto-me em controlo quando escrevo. Quando me sinto à beira de lágrimas genuínas, sim... Limito-me a rabiscar, como que a esculpir, em busca de uma forma bonita"
No geral gostei muito do filme.
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