Quando um filho, ou alguém que amamos muito necessita de um órgão para viver, e está quase no limiar da morte, o que faríamos?
Eis a questão levantada por este filme.
A procura de órgãos para transplante suplanta a oferta, quando na realidade todos os dias morrem milhares de pessoas. O que faz, uma pessoa após a sua morte, não permitir a utilização do seu corpo? Crenças religiosas, rituais há séculos instituídos, como se da profanação do corpo se trata-se. No entanto, com este pequeno gesto, tantos outros que se ajudariam.
Se a posição fosse a inversa, quem não aceitaria um fígado, um coração, uma retina?
Eu sou claramente a favor da recolha de órgãos. Que me desmembrem, me cortem em lascas, desde que isso salve alguém, disponham.
Neste egoísmo sem sentido, morrem outros seres humanos e surge um sub mundo, ainda mais sórdido do que poderemos imaginar. É esse mesmo sub mundo que é relatado neste filme. O comércio de órgãos.Uma realidade pouco comentada, mas que existe numa guerra sem tréguas.
Um excelente filme e uma nova abordagem a um texto clássico de Shakespeare, sendo ainda a estreia como realizador de Ralph Fiennes.
Numa adaptação aos tempos romanos, temos a personagem interpretada pelo próprio Ralph Fiennes, o general Caius Martius, que é acusado dos problemas na cidade de Roma. Este acaba por verbalizar todo o seu sentimento contra a população.
No outro lado oposto temos o general dos Volsci, Tullus Aufidius, principal inimigo de Caius e que jurou que num próximo encontro, esse seria o último entre os dois. No meio desta trama, temos os jogos políticos tão habituais no senado romano, que levam a que Caius seja banido. Com isto, Caius ou Coriolanus, vai procurar a sua vingança junto do seu inimigo.
Um texto brilhante, uma fotografia cristalina e fantásticas interpretações de Ralph Fiennes e Vanessa Redgrave.
Gostei imenso deste filme e passou a ser um dos meus filmes de eleição.
Tom, um chef de cozinha, mostra-nos as suas marcas profundas pela morte da sua esposa, após uma luta contra o cancro. O caminho por ele percorrido, até encontrar o seu equilíbrio e as marcas que nos deixam esse processo. As suas relações, todas elas vazias, com outras mulheres, o seu comportamento perfeitamente disfuncional.
A história é nos apresentada numa narrativa de constantes flash backs, que nos leva a montar o puzzle deste homem. A sequência mais marcante, no filme, é o acidente de carro, em que Tom é dado como mortalmente ferido, quando na realidade foi um ponto de viragem no vórtice, em que ele se encontrava. Uma imagem altamente metafórica.
Após uma perda profunda, tudo deixa de ter sentido e tudo deixa de ser sentido da mesma forma.
O terceiro filme deste realizador australiano, todos eles premiados, sendo este o mais marcante.
São nos apresentados dois orfanatos, um para chimpazés e outro para elefantes bebes, que ficaram órfãos após a morte das duas progenitoras.
A população mais pequena, adorou este documentário que é terno e apresenta a dura realidade de quem está no campo e se depara com a caça furtiva e a destruição massiva dos habitats de certas espécies, que estão mesmo a sucumbir a esta pressão.
Fiquei a saber mais pormenores sobre a dificuldade e exigência que é conseguir criar, com sucesso, uma cria de um elefante ou de um chimpanzé. Em ambos, a ligação com o "criador" é intensa e próxima.
Trabalhos de paixão, de uma entrega total e um Amor gigante.
Uma comédia romântica francesa com a Audrey Tautou, que nos diverte por uns momentos. Não é todo para mim, a melhor actuação dela.
Emilie uma cabeleira recebe uma carta de amor anónima. Ao ver a sua mãe sem animo após a separação, resolve reescrever a carta, como se o destinatário fosse a sua mãe. É neste enredo, que se desenvolve toda a história e as confusões que uma situação destas acaba por provocar.
Acabei por este filme por mero acaso, numa tarde de fim de semana em que se falou nele, e eu lá pensei, vamos lá este filme tão falado.
Passado num futuro em que Capitol promove os jogos da fome, em que em cada distrito, subentenda-se colónias, são escolhidos arbitrariamente dois jovens que irão jogar este jogo até à morte.
Estes jogos são um reality show, em que o publico pode dar benesses aos seus preferidos, ou mesmo criarem-se dificuldades adicionais.
Gerou-se uma grande curiosidade à volta deste filme, que na realidade não traz nada de novo a não ser, mas isso sim, em termos da autora da história, o conceito de exploração humana, de raça elitista. Numa realidade que nos pode parecer excessiva, mas que pelos valores actualmente em voga, me deixam a pensar. O lutar para viver, já é pré-histórico, mas o ser escolhido arbitrariamente por entre uma massa de gente sem direitos, que nada valem a não ser, a possibilidade de distracção a um pequeno grupo, faz-me automaticamente vir à memoria os gladiadores, que lutavam para gáudio da populaça.