Baseado na obra do grande Senhor Jorge Amado, um verdadeiro humanista. Só por isso, tinha que ver o filme.
Um bando de meninos de rua da Baía de Todo os Santos, marca as ruas daquela cidade com os seus furtos. Pedro Bala o capitão do grupo surge na sua clara infância já perdida, num ambiente de malandros, como uma figura a ser considerada pelos seus pares.
A união destas crianças na sua desgraça e dura realidade, que naquele meio, conseguiu obter a protecção das ruas. Quando surge a figura de Dora, a única menina daquele bando, vem com ela o carinho maternal, o cuidado no tratamento de cada um e da sua individualidade.
O amor entre Dora e Pedro Bala, em que pela boca desta se ouve: "...quando for grande, quero ser mulher de Pedro Bala."
O tratamento dado a estas crianças que apanhadas pelas autoridades, acabam por ser tratadas como nada, sem a mínima preocupação de os trazer de volta, de inserção, mas sim, de uma violência atroz. As condições dos reformatórios que mais parecem canis. E é nesta realidade que tratamos o mais sagrado, as crianças.
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