segunda-feira, 28 de maio de 2012

Blood the last vampire

Realizador:

 

Filme baseado num animé, que fiquei curiosa por ver.

Mais um filme que surge na onda dos vampiros, que tanto esteve na moda há uns tempos atrás. Esperava uma estética mais apurada, sempre temos algumas cenas mais coreografadas das lutas, mas no geral é muito pobrezinho. Depois de ter visto "O Héroi", este Blood não traz nada de novo.

É uma cinematografia que confesso desconhecer, mas que por vezes consigo ver alguns filmes que me conseguem deslumbrar.Não sou pelas suas histórias carregadas de lealdade, coragem, coisas que hoje me dia escasseiam.

A banda sonora também não me vez ter vontade de ir ouvi-la em mais detalhe.

Algo confuso para mim, o facto do filme estar em inglês.

Sombras na escuridão

Realizador: Tim Burton
Actores: Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Helena Bonham Carter


Este tinha que ser visto no grande ecrã, até porque há mais fãs deste realizador cá em casa.

Pessoalmente aprecio os filmes mais negros do Tim Burton. Este nada mais é que uma comédia com algumas deixas maravilhosas. O grande M do Mac, a cena dos hippies na floresta, a cena de sexo entre Barnabas e Angelique, no entanto a meu ver um pouco longa. 

Um fabuloso Depp que a meu ver faz aqui mais um dos seus grandes papeis. Os cenários são esteticamente conseguidos, como seria de esperar de Burton, mas esperava mais, muito mais.

Não entendo o sentido deste filme, no meio de tantos outros tão bons, principalmente as animações. Mas mesmo assim, ficarei à aguardar o seu próximo.



Espelho meu


Mais uma noite de cinema juvenil, com uma nova versão da princesa Branca de Neve.

Os sete anões são ladroes que vão treinar a doce princesa, transformando-a também numa assaltante, que rouba a rainha madrasta e dá ao povo. No restante a história é igual ao conto infantil.

Aplica-se a regra da princesa é que salva o príncipe. Sempre é uma versão diferente do tradicional. 

Deste filme só retenho a parte final, bem ao estilo de Bollywood, que gostei:








terça-feira, 1 de maio de 2012

Hugo

Realizador: Martin Scorsese


A história decorre nos anos 30 e conta-nos a história de Hugo, um orfão que vive nas paredes de uma estação de comboio, sendo o responsável pelo correcto funcionamento do relógio da estação.

Filho de um relojoeiro que descobre um autómato e junto com o filho, tenta recupera-lo e coloca-lo a funcionar. Com a morte do pai, Hugo vai viver com o tio um bêbado, que acaba por desaparecer, passando assim Hugo a ficar com a tarefa em causa sozinho. Nunca abandona a tarefa iniciada com o seu pai.

Através desta história é nos contado os primórdios do cinema pela figura de George Méliès. Uma mente fervilhante de imaginação que deixa inúmeros filmes, cada um deles mais fantástico, tendo em linha de conta não só a história, mas também a produção técnica. 

Gostei dos cenários e da cor do filme, mas para mim não é dos meus favoritos do Scorsese.

Higher Ground

Realizador: Vera Farmiga


A estreia deste realizadora, que optou por tocar num ponto bastante sensível. O dedo na ferida.

Aqui surge-nos a história de vida de Corinne, que no ambiente da América profunda e rural, marcada pela religião e por uma moralidade muitas das vezes hipócrita, questiona a sua fé.

Desde o início da grande base, que é no conceito europeu a catequese, e da forma que é apresenta esta fé às crianças. Passando pela descoberta e grito de rebelião na juventude, que acaba por a embarcar numa comunidade, que apesar de puramente cristã, não assume os ensinamentos que tanto prega.

A tal dualidade do conceito e da prática , que na esmagadora maioria é puramente demagoga.

Um fime a ver e a reflectir.

Hereafter

Realizador: Clint Eastwood


Uma direcção diferente dos filmes do Clint Eastwood, uma clara surpresa.

Neste filme cruzam-se as vidas de pessoas diferentes, em diferentes locais, com experiências particulares com a Morte.

George, que tem a capacidade de conseguir comunicar com outra realidade, após vida. Um "leitor" de histórias, um grande filtro.

Paralelamente temos Marie, que frente a frente com a morte acaba por regressar com uma consciência diferente, provocando uma reordenação de valores.

Por último, Marcus, que com a morte do seu irmão gémeo, acaba ele também por ter a sua própria experiência, procurando desesperadamente todos os caminhos que lhe surgem disponíveis, para uma derradeira comunicação com o seu irmão.

Um filme marcadamente intimo, que deverá nos levar a uma reavaliação.

Infelizmente esta reavaliação, acaba por acontecer quando somos confrontados com a nossa Morte de frente, ou com a Morte de alguém que nos seja muito querido e próximo. Curiosamente, só nessas alturas em que acordamos..........por vezes é tarde, o tempo irremediavelmente não regressa.

Não se deve deixar o tempo fugir, todos necessitamos do mesmo, apesar de alguns julgarem orgulhosamente que não. Não somos ilhas e estamos todos interligados.

Food Inc


O primeiro documentário neste rol infindável de filmes, mas este não poderia perder e não ver.

A realidade norte americana na actual produção alimentar. Perdão, a desenfreada produção alimentar, cuja única preocupação se prende com a produção da forma mais rentável possível, descurando-se por completo a qualidade.

Aqui surge a realidade dos aviários e das regras ditadas aos criadores, que não tem forma de poder escapar a esta teia, que acaba por os empurrar para o endividamento. 

A produção de carne bovina, em condições não só desumanas para os animais, como também a completa falta de higiene e despreocupação com a alimentação destes, levada ao extremo da sua mudança por completo. E isto, em prol do lucro. Claro, que tudo isto acaba por ter consequências para a saúde publica, já que vamos acabar por consumir tudo isto.

No grande lobby surge a tão famosa Monsanto e a sua ditadura, que se mantêm escandalosamente intocável.

Por favor, passemos a ser consumidores conscientes. Olhem para os rótulos, tem toda a informação relevante e que de alguma forma se tem conseguido a muito custo, vir a melhorar. Esta é outra grande batalha.

Recomendo vivamente este documentário.

Não tenhas medo do escuro

Realizador: Troy Nixey


Como gosto do Guillermo del Toro, tinha que ver este filme.

Dentro do estilo, nada de novo. Uma criança que vai viver com o pai e a madrasta na casa destes, que acaba por ser, um velho casarão que está a ser recuperado por estes. E neste cenário, claro, a casa só podia ter algo de estranho, neste caso umas criaturas maléficas que se alimentavam de dentes de crianças.

A cena inicial do filme, surge de uma forma violenta, na época vitoriana, em que nos surge, o antigo proprietário da casa. A partir desta altura, todo o filme se passa no tempo actual.

Tudo muito espectável e nada inovador.



Capitães da areia

Baseado na obra do grande Senhor Jorge Amado, um verdadeiro humanista. Só por isso, tinha que ver o filme.

Um bando de meninos de rua da Baía de Todo os Santos, marca as ruas daquela cidade com os seus furtos. Pedro Bala o capitão do grupo surge na sua clara infância já perdida, num ambiente de malandros, como uma figura a ser considerada pelos seus pares. 

A união destas crianças na sua desgraça e dura realidade, que naquele meio, conseguiu obter a protecção das ruas. Quando surge a figura de Dora, a única menina daquele bando, vem com ela o carinho maternal, o cuidado no tratamento de cada um e da sua individualidade.

O amor entre Dora e Pedro Bala, em que pela boca desta se ouve: "...quando for grande, quero ser mulher de Pedro Bala."

O tratamento dado a estas crianças que apanhadas pelas autoridades, acabam por ser tratadas como nada, sem a mínima preocupação de os trazer de volta, de inserção, mas sim, de uma violência atroz. As condições dos reformatórios que mais parecem canis. E é nesta realidade que tratamos o mais sagrado, as crianças.


A dangerous method

Realizador: David Cronenberg


Pois que este filme despertou de imediato a minha curiosidade, porque nele surgiam duas figuras da psicologia - Freud e Jung.

Quanto ao realizador, gosto particularmente da sua visão, apesar de este não ser o meu filme favorito dele, que é o "Festim Nu".

Pois bem, este filme em concreto. Pegando no tema da psicologia e das duas correntes aqui presentes do Freud e do Jung, esperava mais. Surge bem representada a grande diferença de pensamento dos dois, sendo que gosto particularmente de Jung. na sua capacidade de aceitar outras realidades intocáveis, que pela primeira vez foram vistas e consideradas.

A figura feminina neste filme é puramente figurativa, sendo toda a tensão vivida entre os dois psicólogos e as suas considerações sobre a psicanálise. Uma forma leve de se iniciar nestas vertentes.