Realizador: Mick Davis
Actores: Andy Garcia, Omid Djalili, Elsa Zylberstein
Como amo este pintor, como tal não resisti a ver este filme. Este homem tinha uma paixão pela vida um fogo interior. O seu ódio por Picasso está aqui bem patente, assim como o seu amor por Jeanne Hebuterne, que pelo seu amor resiste junto a Mondi e enfrenta a sua família católica. Não nos podemos esquecer que Mondigliani era judeu.
Jeanne acaba por conseguir que Picasso aceite pendurar uma única tela de Mondi na sua 10º Exposição, mas a um preço elevado, teve que aceitar que Picasso a pinta-se. Entretanto este descobre que está a morrer, resultado da sua vida boémia e desregrada. Acaba por conseguir a sua exposição individual quando Bertha Veil apaixona-se pelos seus nus de Mondi
As cenas do processo criativo de cada um dos artistas a concorrer à grande competição, dão-nos a noção da tenção, entrega, explosão e intensidade deste processo. Acaba por ser o próprio Picasso a ovacionar o quadro de Mondigliani, quando as telas concorrentes são expostas. Sendo aquela a Noite. A noite de tudo, a noite em que Mondi é espancado até à morte nas ruas de Paris e Jeanne suicida-se, arrasta pelo seu grande amor:
“Eu quero que todos saibam e tentem entender e me perdoar.”
Picasso no seu leito de morte, sussurrou o nome de Amadeo Mondigliani.
Uma banda sonora ecléctica que marca todo o filme e bastante diversificada.
“Eu vi-o dançar uma vez perto da estátua de Balzac. O seu rosto estava bonito, os seus passos graciosos. Pavoneando-se com a música ele sorria. Ele foi tudo o que eu já fora. Roubei aquele momento e guardei-o na memória, para estar lá e me confortar nos meus dias finais.
Deste filme ficou-me esta frase:
Todo o artista chega ao limite e segue o seu destino.
Não todo o artista, mas todos nós.
Sem comentários:
Enviar um comentário