sábado, 30 de julho de 2011

The suspicions of Mr. Whicher

Realizador: James Hawes
Actores: Paddy Considine, Peter Capaldi e Tom Georgeson
Baseado numa história real, relata-nos a história do assasinato de uma criança na Inglaterra de 1860. O inspector da Scotland Yard Jack Whicher é chamado a resolver este caso numa aldeia rural – Wiltshire.
Atraves de metodos diferentes dos utilizados pelo chefe da policia local, Jack consegue ter como principal suspeita os filhos do primeiro casamento do sr. Kent.
Um filme e uma história igual a muitas outras, no entanto como gosto dos filmes de época ingleses, acabo por não resistir  ;0)

The music never stopped

Realizador: Jim Kohlberg
Actores:  J.K. Simmons, Lou Taylor Pucci, cara Seymour e Julia Ormond.

Um filme da selecção do Sundance festival de cinema deste ano.
Este filme é baseado numa história verídica. Retrata o caminho percorrido por um pai e um filho, que após a remoção de um tumor cerebral, perde por completo as suas memórias.
Não aceitando o estado do filho, Henry, o pai, inicia por si uma investigação que o vai levar à terapeuta musical Diane Daly. Esta é defensora que a música provoca respostas no nosso cerebro, podendo ser utilizada como veículo para podermos acordar partes da nossa memória.
Na primeira sessão vemos a expressão de alegria. A música surte efeito, indo lentamente nas restantes sessões recordar-se de coisas do seu passado, atraves de musicas marcantes. Surge assim um vislumbre de luz.
A terapeuta ao tocar uma musica dos Beatles ,Gabriel, recorda o nome do grupo e da música, inclusive do album e das sensações que esta musica lhe trouxe na altura. A vibração que se sente, um desperta, um acordar de dentro de si, do fundo de si mesmo.
Esta será a forma encontrada para conseguirem ir recordando o seu ser. A suave redescoberta de si.
Uma das frases deste filme:
“Ouvir uma música que em tempos nos apaixonou , é voltar a colocarmo-nos naquele momento. “
Que verdade, verdade mais pura.
A importancia da música na nossa vida , seres humanos complexos que somos. A relação da música com as nossas memórias e a linguagem.

Adorei este filme, apesar de ter alguns clichés, na minha opinião.

domingo, 10 de julho de 2011

Na Linha da Morte

Realizador: Bille August
Actores: Connie Nielsen, Aidan Quinn, Kelly Preston


Do realizador do filme “A Casa dos Espíritos” (um dos meus livros favoritos), relata a história de Charlotte, condenada à pena de morte, pela morte de uma criança. Acaba por pedir um encontro na cadeia com Frank, que vai começar a investigar a história desta acusação, ao se aperceber que se está a apaixonar por Charlotte.


Mais um filme, daqueles que se vê e nada mais.

Nothings All Bad

Realizador: Mikkel Munch-Fals
Actores: Bodil Jorgensen, Sebastian Jessen e Henrik Prip


Filme dinamarquês que nos relata a história de quatro vidas distintas. O belo e jovem Jonas, prostituto que consegue tudo o que quer à custa da sua imagem, engatando mulheres e homens. Jonas é filho de um exibicionista.

Do outro lado, Ingeborg uma senhora de certa idade, que luta com a solidão. Por último Anna uma jovem mulher que perdeu uma mama e desta forma se sente pouco atractiva, resolvendo esta situação, procurando ser desejado por qualquer um.

Quatro vidas destroçadas, vidas comuns que podemos encontrar em qualquer rua da nossa actual sociedade e que aborda temas como a prostituição, a pornografia, o exibicionismo, a pedofilia e o sadismo. O que faz com que este filme seja marcante e nada fácil devido aos temas que são assim abordados de uma forma indirecta, mas que estão lá.

Todos à procura do mesmo, amor, de uma vida melhor, mais feliz. Lutando contra as suas solidões, os seus muros de silêncio.

Um bom filme a não perder.
   

Hanna

Realizador: Joe Wright
Actores: Saoirse Ronan, Cate Blanchett, Eric Bana

Este filme relata a história de Hanna uma adolescente educada na Europa de Leste, pelo pai um antigo agente na CIA, que a treinou para ser uma assassina perfeita. Temos cenas frenéticas de luta com uma música fantástica dos The Chemical Brothers. Por sua vez, temos o outro lado de Hanna, da sua convivência com uma família, coisa que lhe é estranha.

De Joe Wright gostei de “orgulho e Preconceito”, querendo ainda ver “O Solista”. E agora surge este filme, que foge do seu registo. Um filme fantástico, mas que não me conseguiu cortar a respiração e ficar colada ao ecrã, mas de resto um bom filme.

Uma banda sonora marcante.





sábado, 9 de julho de 2011

Mondiglianni

Realizador: Mick Davis
Actores: Andy Garcia, Omid Djalili, Elsa Zylberstein


Como amo este pintor, como tal não resisti a ver este filme. Este homem tinha uma paixão pela vida um fogo interior. O seu ódio por Picasso está aqui bem patente, assim como o seu amor por Jeanne Hebuterne, que pelo seu amor resiste junto a Mondi e enfrenta a sua família católica. Não nos podemos esquecer que Mondigliani era judeu.

Jeanne acaba por conseguir que Picasso aceite pendurar uma única tela de Mondi na sua 10º Exposição, mas a um preço elevado, teve que aceitar que Picasso a pinta-se. Entretanto este descobre que está a morrer, resultado da sua vida boémia e desregrada. Acaba por conseguir a sua exposição individual quando Bertha Veil apaixona-se pelos seus nus de Mondi

As cenas do processo criativo de cada um dos artistas a concorrer à grande competição, dão-nos a noção da tenção, entrega, explosão e intensidade deste processo. Acaba por ser o próprio Picasso a ovacionar o quadro de Mondigliani, quando as telas concorrentes são expostas. Sendo aquela a Noite. A noite de tudo, a noite em que Mondi é espancado até à morte nas ruas de Paris e Jeanne suicida-se, arrasta pelo seu grande amor:

“Eu quero que todos saibam e tentem entender e me perdoar.”

Picasso no seu leito de morte, sussurrou o nome de Amadeo Mondigliani.

Uma banda sonora ecléctica que marca todo o filme e bastante diversificada.

“Eu vi-o dançar uma vez perto da estátua de Balzac. O seu rosto estava bonito, os seus passos graciosos. Pavoneando-se com a música ele sorria. Ele foi tudo o que eu já fora. Roubei aquele momento e guardei-o na memória, para estar lá e me confortar nos meus dias finais.

Deste filme ficou-me esta frase:

Todo o artista chega ao limite e segue o seu destino.

Não todo o artista, mas todos nós.

Rumo à liberdade

Realizador: Peter Weir
Actores: Jim Sturgess, Ed Harris, Colin Farrell, Dejan Angelov, Yordan Bikov, Dragos Bucur, Sattar Dikambayev, Sally Edwards, Valentin Ganev, Igor Gnezdilov, Mariy Grigorov


Filme épico baseados em factos reais, relata a história da fuga de um grupo de prisioneiros políticos de um Gulag Soviético em 1940, em pleno regime estalinista.  Percorreram 6.500 km através do frio da estepe siberiana, do calor tórrido do Deserto de Góbi na Mongólia, atravessando os Himalaias sendo o destino o Tibete (Lhasa), através de território hostil, sempre em fuga.

Boas actuações de Jim Sturgess no papale de um soldado polaco, que tem como objectivo regressar a casa, para poder perdoar a esposa pelo facto de o ter deletado, aquando da sua prisão pelos soviéticos. Só ele a poderia perdoar, já que ela própria não o poderia fazer. Colin Farrell numa boa interpretação de um criminoso russo, que se prende a ele próprio, incapaz de se libertar e que acaba por ficar em território soviético. 

Nesta história sente-se a ânsia da liberdade, do Homem morrer livre, seja em que condições for. Uma história de persistência, coragem e sobrevivência humana. Um filme duro em certas alturas sufocante, com um bom ritmo, tendo a dada altura da travessia do deserto me perdido e achado que estava a ser extenso demais.

A qualidade da fotografia é impressionante, em que a Natureza surge ela própria como uma personagem. Do realizador de “Master and Commander” e “O clube dos Poetas Mortos”, em que através da adaptação de um romance de Slavomir Rawicz., relata-nos uma viagem épica.

sábado, 2 de julho de 2011

Los Marzianos

Realiador: Ana Katz
Actores: Guillermo Francella, Arturo Puig e Rita Cortese



A história de tres irmãos que se reencontram passado alguns anos e as respectivas esposas. Juna com os seus problemas visuais e problemas financeiros. Delfina que tenta ajudar sem sucesso este irmão meio alienado. Depois temos Luis que depois de ter caido num burado num campo de golf ficou obcecado com a descoberta do autor dos buracos.
 
Como um espreitar na janela da vizinha.
 
Tem algumas tiradas levemente....:
 
" Tem problemas de coração?
Apaixono-me facilmente."
 
Mas confesso que não me vez vibrar.

O velho que lia romances de amor

Realizador: Rolf de Heer
Actores: Richard Dreyfuss, Timothy Spall, Hugo Weaving, Cathy Tyson, Victor Bottenbley, Fede Celada, Luis Hostalot, Guillermo Toledo


Conta-nos a história de Antonio Bolivar que viveu isolado na selva como "Assentado", em que era responsavel por 2 hectares de terra, ficando na selva por quase 40 anos. Acabou por descobrir o antídoto para a idade avançada - ler.
A primeira leitura de António remete-nos para o beijo. Um beijo de apaixonada intensidade, um beijo para ser lembrado para o resto da vida. Não se lembrando na vida de um tal beijo. Enfim, amar e ser amado.
Antonio Bolivar, lia romances de amor e acaba por descobrir a beleza das palavras e encontrar refugio para a sua vida solitária na Amazónia e um amor perdido de uma morena, perdida no seu esquecimento.
Outra personagem desta história é a onça femea, que apos a morte dos seus filhotes às mãos de um caçador norte-americana, começa a matar humanos. Esta onça representa a violência do ambiente, da natureza constantemente atacada. Assim como a própria aldeia, El Idilio, povoada de seres crus. Uma aldeia isolada, como muitas outras de romances sul-americanos. Neste romance surge ainda o conflito entre as tribos índias e o homem branco – o drama da aculturação.
A beleza das palavras, as sensações que nos podem trazer.